Muitas pessoas procuram seguir uma carreira que possa dar uma boa situação financeira, mas sabemos que no fundo trabalhar apenas por dinheiro não vale a pena. Para ser tradutor é preciso gostar, amar a profissão.
Como já falamos em outro post, o tradutor pode trabalhar como autônomo/freelancer, em sua própria casa, como também pode trabalhar em uma agência de tradução. Também já ouvi falar de agências que pagam salários fixo aos tradutores e assinam a carteira de trabalho para que os mesmos trabalhem para a agência, de casa.
Enfim, será que conseguirei viver bem financeiramente trabalhando como tradutor?
O tradutor que trabalha diretamente na agência possui um salário fixo, ou seja, receberá todo mês aquele determinado valor acordado na contratação. Até hoje, já vi empresas que pagam desde R$1.200,00 até R$1.800,00 para trabalhar durante 8 horas, e claro, com uma meta de X mil palavras por mês para traduzir. Algumas dessas agências oferecem bônus caso a meta seja ultrapassada.
O tradutor autônomo/freelancer não possui um salário certo todo mês. Tampouco possui uma data certa de pagamento. Em um determinado mês o tradutor autônomo pode receber um salário de R$5.000,00 ou R$10.000,00 ou até mais, dependendo da quantidade de trabalho, e no próximo mês (ou além), receber somente um salário mínimo, se chegar a isso.
Para trabalhar sem ter uma carteira assinada, de maneira autônoma é preciso ser uma pessoa controlada financeiramente, pois nunca sabemos quando teremos um novo trabalho que nos dê um salário tão bom quanto o daquele mês.
Pode ser que em algumas épocas do ano o tradutor passe por alguns apertos e precise economizar mais, e talvez, atrase o pagamento de algumas contas, caso não tenha um reserva, ou a mesma já tenha acabado. Por isso, não gaste tudo o que receber. Sempre que possível, guarde uma parte do salário (use o princípio de Pareto: 20% para gastar e 80% para guardar ou a lei do livro “O homem mais rico da Babilônia” onde 10% são para guardar, 70% para pagar as contas e 20% para supérfluos).
Outro detalhe que deve ser levado em consideração é a questão da qualidade de vida. Não adianta ganhar rios de dinheiro e viver infeliz (afinal, passamos a maior parte do nosso tempo trabalhando). Às vezes é melhor ganhar um pouco menos, não ter tanto luxo e ser feliz, poder aproveitar a vida e a família.
Certa vez li o depoimento de um tradutor que dizia que às vezes pagava as suas contas com atraso, pois ainda não havia recebido o seu pagamento, mas preferia isso e ter tempo para seus filhos, para vê-los crescer e estar com sua família (pois é autônomo e pode escolher o horário de trabalho) que trabalhar de 6h a 8h por dia e não estar presente em sua família.
Quando quero comprar algo mais caro, me pergunto quantas laudas/palavras preciso traduzir para conseguir adquirir tal coisa, e isso, claro, sempre levando em consideração todas as contas fixas que tenho para pagar mensalmente.
Minha opinião é: trabalhe fazendo o que gosta. Quando gostamos do que fazemos, realizamos um bom trabalho, e como consequência, somos indicados à outras pessoas/empresas. E, no caso da tradução, escolha o que vai ser melhor para você. E seja feliz!!!
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